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Conhecendo o

Rafael e suas obras

 

Hoje no nosso espacinho iremos conversar com nosso autor Rafael Zimichut.

Rafael está lançando neste mês o livro "Um Novo Dia para Amar."

Vocês irão adorar saber mais sobre ele e suas obras.

Vem com a gente nesse bate-papo super gostoso?

 

 

 

1 - Apresente-se, quem é Rafael Zimichut?

 

R: Sou uma pessoa completamente de bem com a vida, extrovertido, que gosta de tirar o melhor de cada situação, sempre consciente de que, por mais que seja um diamante, sem ser lapidado, não alcançarei lugares mais altos, então gosto de aprender e compartilhar o que aprendi com as pessoas, isso acaba sendo visto claramente em tudo o que escrevo.

 

2 - Como começou seu paralelo entre polícia e livros? São funções bastante distintas e muito peculiares. É difícil ou já conseguiu um equilíbrio entre eles?

 

R: Na verdade nunca vi isso como algo “paralelo”, muito pelo contrário, meu trabalho como policial é voltado para a segurança das pessoas, amo ajudar, interagir e me envolver com elas e com a literatura não é diferente, é se envolver, compartilhar algo que nasceu de algum momento, conversa, ideia ou até mesmo um sonho, escrever para mim é a melhor forma de interagir com as pessoas, a única diferença que vejo é que quando alguém lê um livro ou alguma música que escrevi, não está tendo um contato físico comigo, já na polícia há o contato físico, somente isso.

 

3 - Como surgiu o Rafael autor e o que ele mudou na sua vida? A vontade de escrever e compartilhar suas histórias surgiu em que fase da trajetória e de que forma aconteceu?

 

R: Comecei como compositor de canções, tive algumas bandas (Rádio Pirata, Invasão, Holyday, Renascer Praise, Eliane Lopes, Choinix etc) depois comecei a escrever poesias para ganhar algumas namoradas e, de repente, tive uma ideia (particularmente ridícula, mas decidi fazer mesmo assim) e escrevi meu primeiro livro, que inicialmente se chamava “O diário de uma sogra”, era tenebrosamente horrorosa, 365 dias na vida de uma mulher que basicamente reclamava de tudo, percebi que aquilo não tinha absolutamente nada a ver comigo, então o coloquei de lado e escrevi mais um, e outro... acho que uns dez até que veio minha primeira boa história, “O Sorriso de Cíntia Donnaville”, com esse livro pela primeira vez consegui dizer a mim mesmo: - Agora sou um escritor. A partir disso tive que tomar algumas decisões que moldaram o que sou, pois meu primeiro livro não era tãoooo ruim, eu era um escritor ruim, pois não lia livros, e se você não lê não escreve, então decidi cursar a faculdade de Direito (o que para a minha realidade era o absurdo dos absurdos) para aprender a escrever, pois em minha mente tinha claro uma coisa: “Os juízes, promotores e advogados eram as pessoas mais desenvoltas com a escrita, tinham saídas mirabolantes par tudo, e qualquer coisa que falassem soava inteligente”, então cursei por cinco anos Direito sempre focando na escrita e o que aquilo poderia me ajudar e hoje tenho plena consciência que foi a melhor decisão que poderia ter tomado em minha vida.

 

4 - Conte-nos um pouco do seu projeto mais recente, “Um novo dia para amar.”

 

R: “Um novo dia para amar” foi concebido durante os seis últimos meses de curso na Polícia em 2011, para ser mais preciso, entre junho à novembro, no Gabinete de Treinamento do Policiamento Rodoviário, e aquela rotina estava tão estressante que simplesmente, para não surtar, peguei um caderno e escrevi três livros numa tacada só (Um dia Um adeus, Um novo dia para amar e Sempre há um novo amanhã), sem fazer uma linha do tempo, sem planejamento etc, só escrevi, toda aula vaga, almoço, escala extraordinária, guarda, estágio, lá estava eu com o caderno na mãos escrevendo, quase psicografando, como se minha mente tivesse saído do meu corpo e ditado cada palavra dos livros, nunca tinha tido uma experiência tão transcendental como aquela no mundo da literatura, já havia composto musica dormindo e sonhava com a letra, mas escrever três livros de aproximadamente 200 páginas cada sem fazer qualquer planejamento do que iria acontecer realmente me surpreende até hoje, ainda mais com o resultado final.

 

5 - Quem ou quais são suas inspirações?

 

R: O primeiro livro que me chamou a atenção foi “O caso dos dez negrinhos” da Agatha Christie, era empolgante, tinha uma dinâmica que você não conseguia largar o livro, queria saber o que iria acontecer página a página, depois veio o livro que me levou a um desafio pessoal “O retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde, era criativo, um enredo fantástico, muito bem escrito e o melhor final de tudo que eu já havia lido em toda a minha vida, mas absolutamente nada me moldou mais como escritor do que Sidney Sheldon e Dan Brown, claro, pelas histórias de vida parecidas que temos, nós três começamos como músicos e compositores, tivemos experiências difíceis de vida entre outras, e com essa empatia acabei me envolvendo tanto que isso acabou se refletindo em minha escrita, claro que existem outros autores importantes como C.S. Lewis, George R.R. Martin, Rick Riordan, John C. Maxwell etc.

 

6 - As histórias que escreve vem a você, ou as cria intencionalmente?

 

R: Na maioria das vezes são planejadas de acordo com algumas coisas que vivo ou sonho, mas neste caso em especial simplesmente aconteceu, sem explicação ou motivo, talvez tenha muito das histórias que ouço dentro da polícia, ocorrências, muitas vezes fantasiosas demais, amores absurdos, mas nada em especial que mereça destaque.

 

7 - Quando anunciou para sua família e amigos mais íntimos que queria e ou que estava escrevendo, recebeu apoio?

 

R: Sempre tive fama de louco, e como sou empolgado quando falo sobre algo, soa ainda mais louco e sem nexo, pois não sei explicar em ordem lógica, sempre explico pelo mais importante primeiro, pontos altos e fortes, então dizem: mas isso não tem sentido algum... mas na minha cabeça tem todo sentido, então acabo sempre me lembrando de Dan Brown, “escreva o que você gosta, muitas pessoas vão se identificar com você, outras vão odiar, com o tempo você se acostuma”. Então, com o tempo, as pessoas pararam de me achar louco e começaram a ver que eu realmente era escritor, tive muitos elogios no meu romance de estreia, algumas acharam a ideia absurda, mas simplesmente hoje em dia todos gostam e me incentivam, mas via de regra tive que ter a maturidade para não comentar mais nada com ninguém, a maioria não entende a não ser depois que termino, elas leem e aí sim acham boa a ideia.

 

8 - É preciso ser muito perseverante no nosso país para conseguir se colocar como escritor ainda hoje? Ou as coisas estão tornando-se mais fáceis? Você acha que a literatura nacional conquistou seu espaço significativamente ou falta muito para que de fato ela seja tão valorizada em nossa terra quanto os livros estrangeiros?

 

R. Por experiência, é difícil a primeira porta se abrir, depois você acaba se acostumando com alguns “nãos” que vai recebendo pelo caminho, você não encara isso como algo pessoal, simplesmente as pessoas querem que você tenha 20 anos de idade e 40 anos de experiência, chega um tempo em que só você pode acreditar no próprio trabalho, descobre caminhos e atalhos, vê que existem outras saídas, como Amazon, Saraiva e Wattpad entre outros sites que publicam gratuitamente seus livros, então, se as pessoas não abrem caminhos e nem portas, tem quem as abra para você. Sempre vai existir alguém no universo para te ajudar a realizar seus sonhos, pode até não dar muito dinheiro e nem ficar milionário com aquilo, mas depois de saber que Shakespeare só foi ser reconhecido mais de 200 anos depois de sua morte, o fato de publicar um livro e receber alguns elogios já faz com que eu tenha uma larga vantagem na frente dele (risos). Mas vejo também como ilusão essa que autores estrangeiros têm caminhos mais fáceis que os nacionais, talvez Stephen King processaria quem dissesse isso, ou J.K. Rowling, no caso do King que teve Carrie A Estranha rejeitado por mais de 40 editoras, e toda vez, sua esposa retirava da lata do lixo e pedia carinhosamente para que ele mandasse para outra editora e depois mais outra... o problema que vejo é que não conhecemos muito a trajetória das pessoas, provavelmente isso facilitara a nossa própria jornada, pelo menos facilitou a minha (risos).

 

9 - Qual é a sua experiência no meio literário? Foi bem recebido, seus leitores são pessoas desconhecidas ou amigos em sua maioria?

 

R: Eu diria que minha experiência literária é a mais favorável possível, foi o que me deu uma identidade própria, pois minha primeira noite de autógrafos foi em uma bienal de SP, muitos amigos leram e adoraram, outros me disseram: - Nossa, eu achei que era parecido com Machado de Assis... quem me conhece sabe que tudo o que não quero é ser parecido com clássicos brasileiros, não desmerecendo, mas eles tiveram experiências diferentes das minhas, viveram em outra época e se eu viver focado no passado não sei se é uma boa ideia, muito pelo contrário, gostaria muito de ser uma referência ao futuro, uma ponte, digamos assim, alguém que levantasse a bandeira da nova geração de escritores. Mas só para contar um exemplo: quando eu estava na primeira série, um garoto chamado Leandro teve uma poesia sua em homenagem ao prefeito da cidade de Campo Limpo Paulista publicada no jornal da cidade, fiquei com uma inveja danada, mas eu não havia escrito uma poesia para concorrer, só queria minha foto no jornal, mas isso só foi acontecer quando escrevi meu primeiro livro, então, estive lá no jornal, e o que aconteceu com o Leandro? Não tenho a menor ideia (risos).

 

10 - Quais sugestões você faria para as pessoas que desejam escrever um livro? E para aqueles que publicam obras no Wattpad e plataformas semelhantes, quais sugestões você daria?

 

R: Leiam muitas biografias de autores, de preferência daqueles que vocês gostam, isso abre caminhos, tiram ansiedade, mostra que a jornada não é fácil para ninguém, que nomes como J.K. Rowling, Stephen King, Dan Brown, Sidney Sheldon, Stephannie Meyer etc receberam muitos “não”, mas eles continuaram, perseguiram seu caminho, acreditaram no próprio talento, tiveram que superar críticas, alguns (como Dan Brown) só chegaram a ser conhecidos por causa das críticas negativas (no caso dele, um bispo da igreja católica conhecido mundialmente), então, escreva um, dois, três, quantos tiverem inspirações, usem de todos os meios possíveis para divulgação, estamos em uma era que é possível alcançar sonhos que há 20 anos, por exemplo, não era possível, não está tão difícil, temos muitos sites, o número de editoras é 50 vezes maior, é só bater na porta certa.

 

11 - Dentre suas obras, alguma delas é a sua preferida? Qual o motivo?

 

R: Cada um tem sua particularidade, O Sorriso de Cíntia foi o primeiro com um bom enredo, “O Éden Perdido – O último cristão na terra” foi minha primeira grande história e o primeiro a ser publicado, foi lançado em uma bienal, “Uma sombra além da escuridão” acaba sendo o meu favorito, pois é o primeiro que me senti um profissional da escrita, já “Um novo dia para amar” acaba entrando nesse contexto de forma geral, pois ficou fácil escrevê-lo depois que outros abriram caminhos dentro de mim, não vejo como melhor (assim como não vejo nenhum outro como melhores), mas apenas um filho entre outros filhos, só que este nasceu em um momento mais tranquilo, maduro, convicto e sereno, afinal, que pai teria preferência por um filho? (risos).

 

12 - Tem alguma notícia do tipo exclusiva (em primeira mão) que você possa nos contar no momento? Quais são seus planos para o futuro no mundo literário? Alguma obra em andamento? Novas ideias?

 

R: (risos) Tenho muitas obras em andamento, algumas esperando resposta (quem sabe se a Sonho Azul quiser analisar outros títulos será muito bem-vindo), mas acabei de lançar a sequência do Éden Perdido (Dias de um novo amanhã) em E-book e o terceiro livro da série (O Éden Perdido – O amanhã nunca morre) está a todo vapor, da mesma forma lancei Uma sombra além da escuridão e a sequência avassaladora (Se não houver amanhã) está também em 70%, como estes são minhas histórias “favoritas”, ou pelo menos, “as mais trabalhadas” por serem trilogias, acho que chega a ser os meus presentes aos meus leitores. Mas meu plano para o futuro é ser conhecido como a pessoa mais criativa da minha geração, ter alguns livros serializados ou virarem filmes, tenho algumas ideias para um filme e uma novela, e uma base para o roteiro de um Mangá, que inicialmente será chamado de “StealDragon”, mas ainda é algo embrionário.

 

13 - Como você vê a relação entre os autores nacionais e qual a sua posição?

 

R: Gosto muito, converso com alguns deles, como Eduardo Sphor, que é incrível como escritor, dos escritores nacionais, na minha opinião o melhor, mas a maioria se trata como uma família mesmo, acabam sentindo a sua dor, pois já estiveram na posição de iniciantes, então, dão dicas, cursos, respondem pelo Twitter na medida do possível, já a minha posição chega a ser do “motivadão” da turma, sempre acreditando que tudo dará certo, que se alguém não gostar da sua história uma outra multidão irá, se você não ficar rico, seus filhos ficarão, só não existe espaço para desistir de compartilhar suas histórias e ser feliz.

 

Deixe um recadinho para os leitores do blog da Sonho Azul e para os seus leitores.

 

Galera, espero que gostem de “Um novo dia para amar”, é uma viagem em um universo que mesmo que te façam maldades, mesmo que amigos se voltem contra você, sempre existirá um espaço para a bondade e felicidade triunfarem, é uma história pautada no poder do perdão, que existe uma vida maravilhosa além da nossa dor, mesmo que algumas coisas ruins aconteçam pelo caminho, somos todos agraciados por Deus, então, se você deseja ser um escritor, escreva, se seu sonho é outro, faça, mas faça sabendo que críticas não param aqueles que continuam a caminhar, realizo palestras motivacionais gratuitamente em escolas, associações de bairro, igrejas etc, e isso sempre abriu caminhos e portas, acredito que uma das melhores formas de Deus te abençoar é abençoando outras pessoas.

Um abraço a todos e espero que assim que lerem minhas histórias possamos conversar bastante nas redes sociais da vida, ou até mesmo nas noites de autógrafo, mas se você for abordado por mim como policial na região central de São Paulo, saiba que estará em boas mãos (risos).

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